As
ciências,
de
maneira
geral
surgiram
da
necessidade
humana
em
registrar
e
sistematizar
o
conhecimento.
A
Estatística,
que
faz
parte
da
Matemática
Aplicada,
também
teve
esse
finalidade.
De
acordo
com
Crespo,
foi
no
século
XVI
que
os
eventos
sociais
como
casamentos,
batizados,
funerais,
começaram
a
ser
analisados
sistematicamente,
“originando
as
primeiras
tábuas
e
tabelas
e
os
primeiros
números
relativos”.
E,
no
século
XVIII,
tais
conceitos
obtiveram
caráter
científico
e
Godofredo
Achenwall,
nomeou
a
nova
ciência
como
Estatística.
A
Estatística
é
parte
da
Matemática
Aplicada
que
fornece
métodos
para
a
coleta,
organização,
descrição,
análise
e
interpretação
de
dados
e
para
a
utilização
dos
mesmos
na
tomada
de
decisões.
A
coleta,
a
organização
e
a
descrição
dos
dados
estão
a
cargo
da
Estatística
Descritiva,
enquanto
a
análise
e
a
interpretação
desses
dados
ficam
a
cargo
da
Estatística
Indutiva
ou
Inferencial.
Em
geral,
as
pessoas,
quando
se
referem
ao
termo
estatística,
o
fazem
no
sentido
da
organização
e
descrição
dos
dados
(estatística
do
Ministério
da
Educação,
estatística
dos
acidentes
de
tráfego
etc),
desconhecendo
que
o
aspecto
essencial
da
Estatística
é
o
de
proporcionar
métodos
inferenciais,
que
permitam
conclusões
que
transcendam
os
dados
obtidos
inicialmente.
(CRESPO,
2002,
p.13)
Dessa
forma,
a
Estatística
passa
a
ser
o
“o
estudo
de
como
chegar
a
conclusões
sobre
o
todo
(população)”,
partindo
da
observação
de
partes
desse
todo
(amostras)”.
E
para
tal
objetivo
utiliza
o
método
científico,
ou
seja,
“conjunto
de
meios
dispostos
convenientemente
para
se
chegar
a
um
fim
que
se
deseja”.
A
Estatística
utiliza
os
métodos
experimental
e
estatístico
para
a
viabilização
de
seus
dados.
O
método
experimental
“consiste
em
manter
constantes
todas
as
causas
(fatores),
menos
uma,
e
variar
esta
causa
de
modo
que
o
pesquisador
possa
descobrir
seus
efeitos,
caso
existam”.
E,
o
método
estatístico,
é
utilizado
“diante
da
impossibilidade
de
manter
as
causas
constantes,
admite
todas
essas
causas
presentes
variando-as,
registrando
essas
variações
e
procurando
determinar,
no
resultado
final,
que
influências
cabem
a
cada
uma
delas”.
Assim,
a
Estatística
permite
a
utilização
funcional
dos
dados
coletados
ao
garantir
que
os
estudos
efetuados
são
válidos
e
confiáveis.
E,
este
trabalho
tem
como
enfoque
principal
abordar
os
índices
da
mortalidade
infantil
na
Bahia,
em
crianças
de
0
a
1
ano
de
idade.
E,
para
tanto,
utilizamos
a Estatística através dos
dados
fornecidos
pelo
Instituto
Brasileiro
de
Geografia
e
Estatística
(IBGE)
e
pela
Organização
das
Nações
Unidas
(ONU)
no
intuito
de
informar
aos
leitores
o
índice
dos
óbitos
neonatais,
bebês
com
até
27
dias,
e
pós-neonatais,
de
bebês
entre
28
dias
e
12
meses.
A
mortalidade infantil corresponde ao número de crianças que vão a
óbito antes de atingir um ano de idade. No Brasil as taxas de
mortalidade infantil decresceram muito nas duas últimas décadas,
contudo, o índice ainda é muito elevado, cerca de 23,6 mortes por
mil nascimentos, comparando com outros países fica mais evidente que
existe muito o que melhorar, pois em nações como Suécia o índice
é de 3 mortes por mil nascimentos, Noruega 10,4 mortes por mil
nascimentos, Canadá 4,63 mortes por mil nascimentos, mesmo em
países de menor desenvolvimento os índices são melhores que os
brasileiros, como o da Coreia do Sul 4,01 mortes por mil nascimentos,
Cuba 6 mortes por mil nascimentos, Chile 13 mortes por mil
nascimentos, Costa Rica 9,01 mortes por mil nascimentos, Argentina 19
mortes por mil nascimentos e Tailândia 10,06 mortes por mil
nascimentos.
Para que tais índices melhorem, o Brasil estabeleceu uma meta de até o ano de 2015 reduzir em 15,6% as taxas de mortalidade infantil, essa é uma medida para o cumprimento de Metas do Milênio, realizada em 2000, na Declaração da Cúpula do Milênio das Nações Unidas, que ocorreu na cidade americana de Nova York, no entanto, esta meta já é superada no Rio Grande do Sul (que apresenta o menor índice do país 13,5 mortes por mil nascimentos), mas esse percentual não condiz com a realidade nacional, há muito o que melhorar nesse sentido.
Para que tais índices melhorem, o Brasil estabeleceu uma meta de até o ano de 2015 reduzir em 15,6% as taxas de mortalidade infantil, essa é uma medida para o cumprimento de Metas do Milênio, realizada em 2000, na Declaração da Cúpula do Milênio das Nações Unidas, que ocorreu na cidade americana de Nova York, no entanto, esta meta já é superada no Rio Grande do Sul (que apresenta o menor índice do país 13,5 mortes por mil nascimentos), mas esse percentual não condiz com a realidade nacional, há muito o que melhorar nesse sentido.
Na
última
década, o
Nordeste
teve a
maior
redução
na
mortalidade
infantil,
entre todas
as regiões
brasileiras,
de 58,6%.
Os índices
nordestinos
caíram de
44,7 mortes
por mil
nascidos
vivos para
18,5 por
mil. Mesmo
com as
diferenças
entre as
regiões
caírem
significativamente,
o Nordeste
continua a
ser a
que tem
a pior
taxa.
Uma
análise
dos
componentes
da taxa
de
mortalidade
infantil
(TMI)
mostrou que
o número
de óbitos
neonatais
foi maior
do que
o de
pós-neonatais.
Quase 66%
das mortes
ocorreram
antes dos
bebês
completarem
o 1º
mês de
vida. Os
óbitos
neonatais
precoces,
que acorrem
até o
sétimo
dia, foram
mais
frequentes
do que
os
neonatais
tardios,
ocorridos
entre o
7º e
o 27º
dia.
O
Semi-árido
continua
concentrando
as piores
taxas do
país. De
acordo com
o relatório
do UNICEF
Crianças e
Adolescentes
no
Semi-árido
Brasileiro
2003, em
95% dos
municípios,
(TMI) é
maior do
que a
média
nacional e,
em 31%
dos
municípios,
é maior
do que
o dobro
da média
nacional.
Os índices
seriam
ainda mais
críticos
se todos
os
nascimentos
e óbitos
fossem
efetivamente
registrados.
As
taxas
de
mortalidade
infantil
calculadas
pela
Secretaria
de
Saúde
do
Estado
da
Bahia-SESAB
através
da
Diretoria
de
Informação
em
Saúde-DIS
são
diretas,
baseadas
nas
informações
obtidas
através
do
SIM,
sistema
de
informações
sobre
mortalidade,
e
naquelas
obtidas
no
SINASC,
sistema
de
informações
sobre
nascidos
vivos,
ambos
de
base
populacional,
implantados
em
todo
o
país
e
coordenados
pelo
Ministério
da
Saúde.
Estes
sistemas,
no
estado
da
Bahia,
assim
como
em
outros
estados,
principalmente
os
da
Região
Norte
e
Nordeste
do
país,
apresentam
limitações,
sendo
que
uma
das
mais
importantes
é
a
não
captação
da
totalidade
dos
eventos
ocorridos,
em
virtude
da
subnotificação
das
mortes
e,
em
menor
escala,
dos
nascimentos.
A
subnotificação
de
óbitos
é
mais
freqüente
entre
as
crianças,
principalmente
entre
as
recém-nascidas.
Entretanto,
tanto
pelas
taxas
obtidas
pelo
método
direto,
como
pelas
estimativas
feitas
pelo
IBGE
e
Ministério
da
Saúde,
calculadas
por
métodos
indiretos,
observa-se
que
a
mortalidade
infantil
na
Bahia
vem
apresentando
redução
progressiva,
mantendo
essa
tendência
em
2007.
(FONTE:
Direto:
SESAB/SUVISA/DIS-SIM
E
SINASC;
Indireto:
IBGE
-
Censo
demográfico
2000
e
Pnad
2004).
Apesar da taxa
de mortalidade infantil ter reduzido na Bahia, o índice ainda é
elevado. Vários problemas contribuem para tal estatística, posto
que, as causas da mortalidade infantil são de ordem biológica,
sócio-econômica e sócio-ambiental. O organismo infantil tem
capacidade de defesa reduzida e, a ausência de serviços básicos de
saneamento e saúde em especial o atendimento pré-natal e a
assistência ao parto e pós-parto contribuem para que este índice
continue elevado.
Outros fatores
referem-se a baixa escolaridade dos pais, baixo peso ao nascer e não
exclusividade do aleitamento materno nos primeiros seis meses de vida
da criança.
Percebemos,
desta maneira, que os índices sofrem variações de acordo com a
renda, mesmo em bairros mais pobres de Salvador, onde os índices são
altos, as camadas sociais de melhor poder aquisitivo possuem taxas
inferiores, e a camada de baixa renda sempre apresenta índices
maiores que a média nacional.
Concluímos
que todas essas demandas necessitam
de
intervenção
governamental,
nas
esferas
municipal,
estadual
e
federal,
para
que
a
taxa
de
mortalidade
infantil
seja
efetivamente
reduzida.
REFERÊNCIAS:
CRESPO,
Antônio
Arnot.
Estatística
fácil.
17.ed. São
Paulo:
Saraiva,
2002.
FONTE:
Direto:
SESAB/SUVISA/DIS-SIM
E SINASC;
Indireto:
IBGE -
Censo
demográfico
2000 e
Pnad 2004).
Disponível
em:
www.brasilescola.com/.../idh-brasileiro-mortalidade-infantil-no-brasil.
Último
acesso
em
13/05/2012.
Disponível
em:www.indexmundi.com/pt/salvador/taxa_de_mortalidade_infantil.htm.
Último acesso em 13/05/2012.
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